✔️Nível de dificuldade: médio ✔️Já faço? - Sim, desde a adolescência. Escolher o que se consome é o ato de consciência mais importante desse momento que estamos vivendo. No consumo consciente reside a chave do novo paradigma mundial, o ponto de virada para essa nova vida que se apresenta a todos nós. Por isso, estou escolhendo esse tema para ser para ser o de número 4 de nossos posts. Voltando à numerologia, o 4 representa o alicerce da vida, a materialização dos objetivos, o sustento e o trabalho. É essa a energia que conhecemos como “matéria” e que permite manter nossa vida aqui na terra. A coagulação que dá a forma, o cotidiano, o universo causal, o dia a dia. E nada mais justo para esta reflexão que contar a historinha do dia dessas fotos que vocês estão vendo, onde aparecem eu e minha amiga @gleycekettory , que na época estava à frente de um projeto chamado @coracaodegaia
Nestas fotos, vocês podem nos ver fazendo fotos com as roupas de sua marca de maneira divertida e despretensiosa. Neste dia eu estava muito feliz em poder ajuda-la por duas razões: a Gleyce além de super nova (um prodígio) é o que chamamos de pequeno produtor ou artesão (aquele amigo criativo, artista e talentoso que faz coisas lindas). Das coisas lindas que ela fazia (e ainda faz), surgia nessa época um empreendimento onde a premissa eram tecidos de reuso e a não utilização de nadica de nada de origem animal ou de poluentes em tingimento por exemplo. Um processo lindo, limpo, totalmente artesanal, cheio de amor, capricho e detalhes. Até hoje, quando uso as peças da Gaia as pessoas me perguntam onde comprei. A Gleyce é extremamente talentosa, criativa e única além de ter um dos corações mais puros que já conheci. Sou suspeita pra falar, porque a amo muito e acredito demais no potencial dela. Infelizmente, a Gaia acabou estacionando no caminho por alguns motivos: O mais importante deles, é que não bastava somente o talento da Gleyce, meu apoio, e o de outros amigos. O apoio tem que vir de todos os lados: DA FAMÍLIA. DOS AMIGOS. CONHECIDOS. SOCIEDADE. GOVERNO.
Nosso primeiro impulso quase sempre, em todos os momentos em que consumimos, é o de nos deixar guiar por sensações cegas e sem consciência. Agimos apenas pela fome e deixamos que ela nos guie na satisfação de quaisquer que sejam nossas necessidades: físicas, alimentares, sociais, psicológicas, emocionais. Desta maneira, seguimos sonâmbulos e fáceis joguetes mas mãos dos que sabem como manipular essa “fome” ao seu favor; somos presa fácil de magos do marketing e da publicidade que se aproveitam de nossos apetites para tratar também de criar alguns outros (se ainda não existirem): - O tênis de marca cara que te fará parecer “bacana”; - A roupa da personagem da novela; - O carro do ano. Fora as “necessidades” ainda mais irracionais que nós mesmos criamos, baseadas em nosso ego doente e nossa necessidade de pertencer (OU APARECER), em nossas carências emocionais: - “minha casa tem que ser melhor do que a do meu” (insira aqui parente, amigo ou vizinho); - “Todo mundo já (insira aqui: casou, viajou, comprou casa tem filhos)”; - “Insira aqui mais alguma justificativa totalmente nosense que explique a compra ou alcance de algum objetivo fútil” Os desejos inconscientes levam ao consumo inconsciente e desenfreado. Parafraseando um filme que demonstra bem esta situação (Clube da Luta): - “Trabalhamos em empregos que odiamos para comprar coisas de que não precisamos.”
Acontece que, o consumo inconsciente e desenfreado tem suas nada agradáveis implicações: gera mais lixo, pois o fazemos sem pensar. “comemos com os olhos” aquilo que nosso estômago não dará conta e consequentemente, sujamos mais o planeta. Consumo inconsciente também banaliza relações de trabalho, favorecendo práticas desumanas como a escravidão. Consumo inconsciente fere e depreda vidas (animais), consome e desperdiça recursos fundamentais à vida humana e de outras espécies (vide água e os próprios alimentos), traz doenças (olá covid!) e vou parar por aqui, pois além de poder ficar a noite toda dando exemplos, muitos já devem estar pensando na construção desse sistema em que vivemos e como o mesmo vem se desenrolando com o passar dos anos. E é justamente esta reflexão que desejo propor com esse post: O MODO COMO CONSUMIMOS DURANTE TODO ESSE TEMPO E O QUE NOSSA INCONSCIÊNCIA AINDA GERARÁ DE IMPACTO A ESSE PLANETA E A NÓS MESMOS COMO SERES HUMANOS. Antes de comprar qualquer produto então, que tal se perguntar: 1- NO QUE DIZ RESPEITO À MIM: Eu já possuo isso ou posso consertar algo que já tenho? isso me fará bem? Estou comprando porque quero, é bonito ou porque disseram que é legal? Estou comprando porque preciso mesmo ou para suprimir alguma carência emocional? Para mascarar algum problema que não consigo encarar ou resolver? 2- NO QUE DIZ RESPEITO AO MEIO: Isso fará bem ou ajudará a alguém? Este produto foi feito de maneira ética? Esse produto ajuda ou prejudica outras pessoas? Esse produto ajuda o planeta? Nossa inconsciência não tem só destruído os sonhos daqueles que desejam poder um dia mostrar ao mundo sua contribuição, mas tem financiado toda sorte de trabalho escravo, matança desenfreada de outros seres vivos, sujeira, esgotamento de recursos naturais fundamentais, desemprego, desequilíbrio ambiental, desespero e se vocês cavarem um pouquinho mais, até guerras. Até quando faremos parte disso? O número 4 tem também uma simbologia bastante interessante: representa vida e morte. Vida que serve de base e alicerce sustentada sobre os 4 elementos fundamentais da realidade material (água, fogo, terra e ar) e morte em seus desdobramentos representada pela transformação advinda da dor do número 13 (1 + 3 = 4) E aí? O que você prefere? Amor ou dor? Não podemos mudar todo um sistema uma estrutura do dia para a noite. Mas podemos fazer escolhas mais conscientes e críticas daqui por diante além de começar a criar demanda para o que construa, não para aquilo que destrua. Pense a respeito. Com muito amor, Tatiane @bruxaindigo
Comments