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Terapia da tristeza e do chá (e do amor)

Terapiando o amor e a inspiração…

Pensei um pouquinho para escrever esse texto (ando com muita preguiça de escrever rsrs, sem contar que ler textão na internet anda cada vez mais difícil não é verdade?), mas acredito que vão gostar. Afinal, escrever também é partilhar um pouquinho.

Bom, muita gente me pergunta como fazer para conseguir vencer a tristeza, desânimo, melancolia. Na verdade, não existe “vencer” estas coisas, elas fazem parte de um processo. Acredite, por pior que seja uma situação na sua vida, ela faz parte de um mecanismo maior, de um todo, que por fim, resultará em uma nova versão de ti mesmo, num eu mais forte, mais conhecedor de si e consequentemente, mais capaz de se amar. E amor transborda! Nunca fica só com a gente, não existe amor que não se divide.

Não evite a tristeza. Vivencie-a em sua plenitude, aproveite o momento para se recolher, se cuidar, se abraçar, e trazer para perto de si tudo que lhe acalenta de lhe faz bem. Ficar triste é a oportunidade que a vida nos dá de descobrir o que realmente nos faz feliz. Quer um exemplo?

Na pior fase da minha vida, a beira do desespero, eu tomava muito chá. Café com leite tb, mais o chá ganhava. Aquela sensação quentinha e aconchegante me dava uma coisa tão boa por dentro… Uma sensação de quentura que inundava meu peito, meu coração. Era tão eficiente que dado algum tempo eu comecei a pensar: e se eu tornasse minha vida toda uma grande xícara de chá? como posso transferir toda essa sensação para o meu dia-dia?

Meu marido começou a perceber como essa coisa tão pequenina me fazia bem e começou a me comprar bolo, bolachinhas, fazer bolinho de chuva nas tardes. Meus amigos também notaram, e eu comecei a ganhar chás de presente, ganhei até uma chaleira elétrica linda de uma amiga muito querida. Eu estava tão fanática por chá nessa época que fiz um pinterest só pra guardar receitas de comidinhas para acompanhar o chá kkkkkk. Então, embalada nesta sensação de conforto das tardes em casa, eu comecei a pensar no que faria para aumentar estas oportunidades. Foi aí que surgiu então a ideia de buscar meios de transformar um sonho antigo em realidade: a de poder trabalhar por conta, no silêncio e tranquilidade do meu lar, com meu companheiro cházinho ao lado. No começo não foi fácil, mas aos poucos, esse sonho foi se tornando realidade.


Foi então que ter esses momentos de silêncio, pesquisa e reflexão não bastavam mais só pra mim, eu queria mesmo é ensinar e dividir isso com outras pessoas. Meu pinterest virou painel de pesquisa de tudo que eu gostava, e inclusive de duas outras paixões antigas: o ocultismo e o holismo. O bem estar cresceu ainda mais, então, decidi direcionar toda a minha vida para esse objetivo: larguei meu trabalho em agência escrevendo em casa e voltei a fazer mapas numerológicos e jogar Tarot (coisa que fazia na adolescência só para os amigos). Arrumei também um trabalho em meio período para promover e vender algo em que eu acreditava: comida deliciosa e vegetariana.


Descobri que amava estar em eventos assim, muitas vezes com senhores e senhoras de idade, conversando, aprendendo. Descobri que me realizava plenamente podendo ajudar e ser útil as pessoas, que me emocionava e aprendia demais com todas as histórias que eu tinha a oportunidade de conhecer, penetrar e analisar. Quantas não foram as vezes em que chorei com meus clientes, dividindo nossa história, quantos amigos não fiz, quanta coisa aprendi nas consultas… Nesta mesma época, decidi me aprofundar em uma outra paixão que havia mudado minha vida recentemente e me trazido demais também desse acalento nos momentos de desespero: a yoga. Em algum tempo, comecei a dar aulas, dividindo um pouco de tudo isso com outras pessoas.


Olha! eu quero realmente que todos que lerem isso entendam uma coisa: Não há nada de errado em buscar e ser tudo aquilo que você realmente é! e se você não sabe… pergunte ao seu coração no pior momento! deixe que a rainha tristeza lhe mostre a verdade!


Eu cresci alheia a mim mesma e aos meus potenciais. Eu cresci ouvindo que era uma menina má e rebelde, apenas porque não aceitava as regras do mundo. E por muitos e muitos anos eu me senti triste, deslocada e sem sentido, porém eu jamais poderia saber quem morava aqui dentro se a senhora tristeza não tivesse me mostrado isso. A tristeza nos obriga a um processo de interiorização, de penetrar fundo. O “fundo do poço” é você mesmo, e lá se encontra a chave para que seu verdadeiro eu apareça. Enquanto você não se conhecer, não se respeitar, não se acalentar com todo o amor do mundo… ela estará lá! a rainha ceifadora e inclemente tristeza. Sabe o que ela quer? que você se trate com carinho… que se aceite… e se ame! que traga a si mesmo e a sua vida tudo aquilo que você merece! que você se cerque de tudo aquilo que ama, pois só assim é possível viver uma vida que vale a pena ser vivida! E só assim é possível fazer o amor se multiplicar, pois não existe como criar algo sem a fonte! Não existe doar amor se ele não está dentro de você! Então, por favor, eu te peço se ame!!


Se conheça! Seja você seu maior fã e amante, tenha orgulho de si mesmo! Porque se não houver isso, você mesmo jamais se achará digno do amor de alguém, sempre agirá com desconfiança ou medo. Você jamais será capaz de sentir a plenitude da troca, do compartilhar, do unir. Deixe a energia do amor brotar dentro de si, pois ela irradia e nunca mais se apaga. Lembre-se que sua jornada pode começar com algo muito pequeno: uma xícara de chá. Me diz: o que de pequeno no seu dia-dia lhe traz mais felicidade? Multiplique por 1000!

Bjos!


Tatiane

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